Na última sexta-feira (19), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, precisou intervir para conter os ânimos entre parlamentares que se confrontaram por causa da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente. A oposição e a base aliada ao governo se enfrentaram em discussões acaloradas, e Motta adotou medidas severas, proibindo a entrada de faixas e ameaçando processar qualquer deputado que interrompesse os trabalhos ou ofendesse colegas.
A confusão começou com a fala do deputado Nikolas Ferreira, que criticou tanto a base governista quanto as acusações contra o ex-presidente. O líder do PT, Lindbergh Farias, respondeu ao ataque com um discurso de apoio à prisão do ex-presidente, o que gerou uma série de interrupções e gritos de ambas as partes. O ambiente de tensão levou à suspensão da sessão por sete minutos, e Motta assumiu a presidência da sessão para retomar os trabalhos com mais rigor.
Além de proibir manifestações no plenário, Motta fez duras críticas aos parlamentares, enfatizando que a Câmara não poderia ser tratada como um espaço para espetáculos que desrespeitassem a imagem da Casa. O cenário caótico na Câmara segue após a PGR ter acusado o ex-presidente de envolvimento em tentativas de ruptura institucional, levando a acusações de crimes graves. A situação reflete a crescente polarização política no país e o impacto das denúncias no Legislativo.