O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, declarou que trabalhará para evitar a redução de cadeiras em estados que tiveram queda populacional no último Censo de 2022. O reajuste nas bancadas deve ocorrer até junho de 2025, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, e pode afetar 14 estados. Sete desses estados ganhariam deputados, enquanto outros sete perderiam cadeiras. Se não houver aprovação de uma nova lei até a data limite, o Tribunal Superior Eleitoral será responsável por realizar a redivisão das vagas.
Motta afirmou que seu esforço será para garantir que apenas os estados que têm direito a ganhar cadeiras sejam afetados, e que aqueles com redução populacional não percam representação. Ele ressaltou que a perda de cadeiras representa também uma perda de orçamento e de vozes políticas importantes, e questionou a precisão do Censo, realizado no pós-pandemia. O presidente da Câmara defende a adoção de um acordo com o Supremo Tribunal Federal para garantir que a redivisão não prejudique nenhum estado.
A proposta de Motta implicaria um aumento no número total de deputados, que passaria de 513 para 527. Ele também destacou a necessidade de ajustes no Orçamento para viabilizar essa mudança. O foco está em preservar a representatividade dos estados, especialmente aqueles com redução populacional, para que o processo de redistribuição de cadeiras seja mais justo e equilibrado para todas as unidades da federação.