O novo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, declarou que nos próximos dias decidirá com os líderes políticos se pautará a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasões ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao STF. Motta ressaltou a necessidade de tratar o tema com cautela, buscando evitar excessos e divisões, e mencionou que o ex-presidente da Câmara, Artur Lira, já havia criado uma comissão especial para discutir a questão.
A anistia proposta seria válida entre a data dos atos de 8 de janeiro de 2023 e a vigência da futura lei, beneficiando os envolvidos ao assegurar o perdão por crimes relacionados às manifestações, o cancelamento de multas e a manutenção dos direitos políticos. Além disso, a proposta também prevê a revogação de medidas que limitem a liberdade de expressão, inclusive em redes sociais. A anistia se aplicaria a todos os participantes dos eventos, desde que seus atos estivessem diretamente relacionados aos ataques.
Embora a proposta tenha gerado discussões, principalmente entre parlamentares da oposição, que a utilizaram como uma condição para apoiar candidaturas à presidência da Câmara, ela poderia também beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja condenado por sua possível ligação com os atos de vandalismo. A votação da anistia, portanto, segue como um tema de grande polarização política, e sua eventual aprovação pode ter repercussões significativas para o cenário político atual.