O caju é um dos pilares da economia brasileira, especialmente nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, que juntos respondem por 95% da produção nacional. A castanha de caju, embora um produto com grande valor comercial, é apenas parte do processo, já que o pedúnculo floral, utilizado na produção de sucos, doces e outros produtos, é o que é consumido diretamente. A produção brasileira tem mostrado crescimento, com expectativas de alcançar 132.700 toneladas em 2024, sendo exportada principalmente para os Estados Unidos, Chile e Argentina. No entanto, a cadeia produtiva enfrenta desafios como a falta de tecnologia e baixa produtividade, o que impacta a eficiência e competitividade do setor.
Além de sua relevância econômica, o caju possui uma importante função nutricional. Rico em vitamina C, antioxidantes, proteínas e gorduras saudáveis, ele fortalece o sistema imunológico e contribui para a saúde cardiovascular. Sua castanha, por exemplo, auxilia na redução do colesterol ruim e no aumento da serotonina, promovendo sensação de bem-estar. Embora os benefícios sejam evidentes, a cajucultura enfrenta problemas como flutuações de preços e perdas pós-colheita, o que exige maior investimento em pesquisa, desenvolvimento e práticas sustentáveis para aumentar a competitividade e a sustentabilidade da produção.
Culturalmente, o caju possui um papel significativo nas tradições e festividades brasileiras, especialmente no Nordeste, onde é profundamente enraizado nas práticas indígenas. Utilizado em receitas tradicionais, como bolos e bebidas, o caju simboliza a identidade regional e está presente em diversas manifestações culturais. Assim, além de sua importância econômica e nutricional, o caju é também um elemento que fortalece o vínculo com as raízes culturais brasileiras, e seu desenvolvimento sustentável pode gerar mais benefícios para as comunidades locais.