O cachorro-quente da Geneal, tradicionalmente simples com pão e salsicha, foi recentemente reconhecido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro como Bem Cultural de Natureza Imaterial. A proposta foi sancionada por meio do Projeto de Lei n° 3.203/2024, do vereador Carlo Caiado (PSD), destacando a importância do lanche para a cultura carioca desde que começou a ser vendido nas ruas da Zona Sul na década de 1960. Esse reconhecimento coloca o prato ao lado de outros símbolos culturais como o Mate Leão e o Biscoito Globo.
O prato tem diversas versões regionais no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, o cachorro-quente leva purê de batata, enquanto no Rio de Janeiro é comum o uso de ovo de codorna. Já em Minas Gerais, a combinação inclui milho verde e batata palha, enquanto na Paraíba pode ser preparado com carne moída ou frango desfiado. Em Santa Catarina, durante a Oktoberfest, é possível encontrar o lanche com chucrute e até linguiça no lugar da salsicha tradicional.
Apesar da popularidade do prato, o consumo de salsicha, seu ingrediente principal, gera controvérsias devido aos elevados níveis de gordura, conservantes, sódio e colesterol presentes no alimento industrializado. Em relação à origem do lanche, existem várias teorias: uma delas afirma que o nome “cachorro-quente” surgiu com um açougueiro alemão, enquanto outras relatam a criação do prato nos Estados Unidos por imigrantes ou vendedores de salsichas.