O cineasta Cacá Diegues, um dos principais nomes do Cinema Novo, morreu na manhã desta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após complicações cardíacas. Natural de Maceió, Diegues foi responsável por obras que marcaram a história do cinema brasileiro, como “Ganga Zumba” e “Xica da Silva”, além de filmes que abordavam as desigualdades sociais e políticas do Brasil. Ele foi um dos precursores do movimento que revolucionou o cinema moderno no país, juntamente com Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos.
Durante sua carreira, Cacá Diegues não só foi diretor, mas também roteirista, produtor e escritor. Seu trabalho se destacou pela busca constante por uma visão transformadora e pela defesa do fortalecimento do cinema brasileiro, sempre com o objetivo de não se repetir. Além disso, ele incentivou novas gerações de cineastas e foi fundamental no surgimento do grupo Nós do Morro, que formou jovens cineastas de favelas no Rio. Cacá também foi imortal da Academia Brasileira de Letras e, em 2016, foi tema de enredo na Sapucaí.
Apesar das dificuldades enfrentadas, como a crise nos anos 1990, Diegues teve um retorno triunfante nas décadas seguintes com filmes como “Deus é Brasileiro” e “Tieta do Agreste”, que conquistaram grande público. Seu último filme, “O Grande Circo Místico”, lançado em 2018, conquistou prêmios em festivais internacionais. Ao longo de sua vida, ele sempre enfatizou a importância de viver com propósito e equilíbrio, e deixou como legado uma contribuição inestimável para a cultura brasileira.