A Braskem (BRKM5) encerrou o quarto trimestre de 2024 com resultados negativos significativos, ampliando suas perdas e prejudicando ainda mais sua posição financeira. A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 5,649 bilhões no período, representando um aumento de 259% em relação ao mesmo trimestre de 2023. O total de perdas acumuladas ao longo do ano alcançou R$ 11,320 bilhões, um crescimento de 147% em comparação com 2023. Apesar de um aumento de 15% na receita líquida, que totalizou R$ 19,152 bilhões, o lucro operacional (Ebitda) da companhia caiu 47%, ficando bem abaixo das expectativas de analistas do mercado financeiro.
A queda nos spreads petroquímicos e a desvalorização dos preços de resinas e produtos químicos, tanto no Brasil quanto no México, foram identificadas como os principais fatores que impactaram os resultados financeiros da Braskem. Além disso, a companhia enfrentou custos elevados com provisões ambientais e ociosidade, o que afetou ainda mais seu desempenho. A dívida líquida da empresa subiu para cerca de US$ 6,1 bilhões, com um índice de alavancagem de 7,4 vezes, o que indicou um agravamento das dificuldades financeiras em comparação com o trimestre anterior.
Embora os resultados tenham sido desapontadores, algumas instituições financeiras, como o Bradesco BBI, destacaram uma leve melhoria no fluxo de caixa livre da empresa, excluindo os impactos relacionados aos custos ambientais. No entanto, o banco ressaltou que a recuperação da Braskem dependerá de uma melhoria nos spreads petroquímicos e na demanda global. As expectativas para o futuro seguem incertas, com analistas recomendando cautela diante da alavancagem elevada e do atual cenário de mercado.