O governo brasileiro optou por iniciar negociações com os Estados Unidos de forma diplomática, mas também se prepara para uma possível reação diante da decisão de Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A medida pode impactar profundamente o setor siderúrgico, uma vez que os EUA dependem da exportação de aço semiacabado do Brasil, essencial para a produção local. Empresários do setor acreditam que Trump pode recuar devido a essa dependência mútua entre os dois países, uma vez que uma taxação mais alta prejudicaria tanto a indústria brasileira quanto a americana.
O Brasil também se beneficia de importações de carvão mineral dos EUA, utilizado em sua siderurgia, o que torna a relação comercial ainda mais interdependente. A ameaça de uma guerra comercial é vista como prejudicial para ambos os países, e assessores do governo brasileiro destacam a necessidade de cautela nas próximas etapas. Há o risco de que Trump não recue desta vez, como fez em 2018, o que tem gerado apreensão entre os empresários e autoridades brasileiras.
Enquanto o Brasil segue avaliando as respostas possíveis a essa nova política tarifária, o governo opta por evitar um confronto direto. A estratégia é agir com prudência, ciente de que qualquer retaliação exagerada poderia resultar em prejuízos econômicos e complicações diplomáticas. O cenário atual exige uma abordagem equilibrada, com a esperança de que o relacionamento comercial entre os dois países prevaleça sem grandes confrontos.