O Brasil atingiu, nesta terça-feira (11), um novo recorde de demanda instantânea de energia elétrica, com o consumo alcançando 103.335 megawatts (MW) às 14h37, superando o recorde anterior de 102.924 MW. Esse aumento está relacionado às altas temperaturas que afetam diversas regiões do país, impulsionadas por uma onda de calor, que trouxe temperaturas recordes, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a cidade de Quaraí registrou a maior temperatura já medida no estado, com 43,8°C, e em várias capitais a sensação térmica ultrapassou os 50°C.
O crescimento da demanda por energia gerou desafios para o sistema elétrico nacional, levando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a acionar fontes complementares, como termelétricas a gás e carvão, que possuem custo mais elevado e maior impacto ambiental. Embora o governo federal assegure que o sistema é robusto o suficiente para suportar a alta na demanda, especialistas alertam para o risco de sobrecarga e aumento no custo da energia. Além disso, o maior uso de termelétricas contribui para o aumento na emissão de gases de efeito estufa, o que agrava os desafios climáticos que o país enfrenta.
Diante do cenário, especialistas recomendam medidas para reduzir o desperdício e aliviar a pressão sobre o sistema elétrico. Entre as orientações estão manter o ar-condicionado em temperaturas entre 23°C e 25°C, evitar o uso simultâneo de vários aparelhos elétricos nos horários de pico e aproveitar a iluminação natural sempre que possível. Com as altas temperaturas previstas para persistir nos próximos dias, o Brasil se vê diante do desafio de equilibrar o conforto da população com a necessidade de um consumo energético mais eficiente e sustentável.