O Brasil recebeu na última sexta-feira (7) o segundo voo com deportados dos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump. O voo, que partiu de Alexandria, na Louisiana, fez uma parada em Fortaleza, onde 16 deportados desembarcaram. Os demais 95 seguiram para Belo Horizonte, onde foram recebidos por equipes de acolhimento do governo brasileiro, incluindo o Ministério dos Direitos Humanos e a Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Além do apoio imediato, como alimentação e transporte para o retorno aos municípios de origem, o governo mineiro também forneceu mantas e kits de higiene.
O governo brasileiro se envolveu em negociações com os Estados Unidos para tornar o processo de deportação mais rápido, com a intenção de minimizar o tempo em que os deportados ficariam algemados durante o voo. Apesar das críticas relacionadas ao tratamento de deportados, como relatos de maus-tratos e abusos em voos anteriores, a prática de algemar os repatriados segue sendo parte de um acordo bilateral firmado em 2021. A atual repatriação ocorre em um contexto de políticas migratórias mais rígidas implementadas pelo governo de Donald Trump, que tem ampliado as deportações e intensificado o controle da migração na fronteira com o México.
Além das deportações de brasileiros, o governo dos Estados Unidos também está se preparando para iniciar expulsões de imigrantes para a Venezuela, com voos previstos para os próximos 30 dias. A situação reflete a continuidade das promessas de Trump de endurecer as políticas migratórias, com um enfoque em detenção e deportação de imigrantes em situação irregular. Apesar de algumas conversas diplomáticas com o governo venezuelano, a aceitação dos deportados pela Venezuela ainda não foi confirmada oficialmente.