A guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou incertezas sobre os possíveis impactos para o Brasil, que representa uma pequena fração, apenas 1,3%, das importações americanas. Embora o país não esteja entre as prioridades comerciais de Trump, especialistas alertam que o Brasil ainda pode ser afetado por possíveis tarifas. O ex-presidente dos EUA já impôs taxas a parceiros como Canadá, México e China, e alguns analistas sugerem que uma tarifa universal pode ser implementada, o que teria efeitos globais.
Apesar de a quantidade de produtos brasileiros importados pelos EUA ser reduzida em comparação a outros países, especialistas apontam que o Brasil pode ser impactado por uma eventual escalada nas tarifas, seja diretamente ou indiretamente. Um aumento nas taxas de juros e a inflação nos Estados Unidos, decorrente de tarifas mais altas, poderiam afetar a economia brasileira, elevando os custos internos. O fortalecimento do dólar, impulsionado pela política protecionista de Trump, também geraria pressões inflacionárias no Brasil.
Além dos efeitos econômicos diretos, a instabilidade causada pela guerra tarifária pode paralisar o comércio global e afetar as expectativas econômicas. Mesmo sem uma tarifa específica direcionada ao Brasil, o país pode sofrer consequências devido aos reflexos de uma possível tarifa universal ou de outras medidas protecionistas, que podem prejudicar a competitividade das indústrias locais e o comércio internacional. A situação permanece incerta, e será necessário acompanhar os próximos passos de Trump para entender o impacto no cenário global.