O Brasil foi reclassificado como um país de risco médio para investidores e empresas, subindo de B3 para B2, conforme estudo da Allianz Trade publicado em fevereiro de 2024. A mudança reflete melhorias no cenário econômico, como o crescimento robusto do setor agrícola, indicadores econômicos positivos e uma produção de energia em expansão. O mercado de trabalho aquecido e o aumento dos gastos do consumidor também sustentaram essa recuperação, contribuindo para uma perspectiva mais otimista para o país.
Contudo, o relatório destaca desafios estruturais que ainda afetam a classificação do Brasil. Entre os principais pontos negativos, estão o aumento da dívida pública, que pode chegar perto de 90% do PIB, a volatilidade do câmbio e a dependência dos preços internacionais de commodities. Além disso, a interferência política e a falta de disciplina fiscal continuam a afetar a confiança dos investidores, tornando difícil uma melhoria mais significativa na avaliação do risco-país.
Em um cenário global, 2024 foi marcado por uma melhoria nas classificações de risco de países, especialmente na América Latina. No entanto, a tendência positiva pode ser revertida em 2025 e 2026, devido a tensões geopolíticas e financeiras. As empresas deverão estar atentas às mudanças nas condições econômicas e ao aumento do protecionismo, que pode afetar negativamente as cadeias de suprimentos e a confiança dos mercados.