O Brasil está destinando R$ 3 bilhões para a implantação e expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I), com recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O objetivo é incentivar empresas nacionais e estrangeiras a desenvolverem projetos alinhados à política de desenvolvimento industrial do governo federal, com foco em áreas como infraestrutura, saúde, agroindústria, e transição energética. A iniciativa foi lançada em Campinas, em evento que contou com a participação do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin.
Os recursos serão distribuídos por meio de diferentes modalidades de financiamento, como empréstimos, subvenções econômicas, participação acionária e recursos não reembolsáveis para projetos cooperativos entre empresas e instituições. Para ser elegíveis, os projetos precisam ter um valor mínimo de crédito de R$ 20 milhões, com exceção das regiões Norte e Nordeste, onde o limite é R$ 10 milhões. O prazo para a execução das propostas pode chegar até 36 meses.
A criação de centros de PD&I é considerada essencial para aumentar a competitividade da economia brasileira, gerando novos produtos, serviços e empregos qualificados. Embora o Brasil esteja na 50ª posição no Índice Global de Inovação, o governo busca transformar a competência científica do país em inovações aplicadas pelas empresas, elevando a complexidade econômica e o nível de renda. Os centros de pesquisa também têm um papel estratégico na formação de uma cadeia qualificada de fornecedores, que impulsionam o ciclo virtuoso de inovação e crescimento econômico.