O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a participação do Brasil na Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), um fórum consultivo que reúne membros e não-membros da Opep. Embora o Brasil não tenha direito a voto em decisões sobre cortes ou produção de petróleo, sua adesão ao grupo Opep+ reforça sua posição no cenário energético global. Além disso, o país também demonstrou interesse em se envolver com a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), ampliando sua presença em debates internacionais sobre o setor.
Ao integrar esse fórum, o Brasil participará de reuniões regulares com ministros da área de energia e petróleo, onde serão discutidos temas como mudanças climáticas, inovações tecnológicas e o futuro do mercado global de petróleo e gás. A adesão à Carta de Cooperação não limita a soberania do país sobre seus recursos naturais, permitindo que o Brasil continue desenvolvendo sua política energética de acordo com seus próprios interesses e necessidades.
Embora a decisão tenha gerado críticas por parte de defensores de uma maior ênfase em biocombustíveis, o Ministério de Minas e Energia (MME) argumenta que a cooperação com a Opep+ reforça a relevância do Brasil no mercado de petróleo e gás, além de contribuir para a transição energética global. A adesão ao grupo também abre espaço para discussões sobre tecnologias limpas e alternativas para descarbonização, em um momento de grandes transformações no setor energético mundial.