O Brasil registrou 287.351 casos prováveis de dengue nas seis primeiras semanas de 2025, com 109 mortes confirmadas e 300 em investigação, conforme dados do Ministério da Saúde. Em janeiro, o número de casos foi de 177.796, com 97 óbitos. Embora o crescimento de infecções tenha sido constante, uma redução foi observada na segunda semana de fevereiro, com 48.819 novos casos reportados.
A dengue é transmitida pelas fêmeas do mosquito Aedes aegypti, que também transmite os vírus da zika e chikungunya. O vírus da dengue possui quatro sorotipos, sendo os tipos 2 e 3 mais virulentos. A infecção por um sorotipo oferece imunidade específica, mas infecções subsequentes por outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença. O ciclo de transmissão ocorre quando o mosquito pica uma pessoa infectada e, após se alimentar, passa a transmitir o vírus.
O Aedes aegypti tem hábitos urbanos, encontrando criadouros em locais como pneus, caixas d’água e vasos de plantas. A fêmea do mosquito pode produzir até 120 ovos por ciclo reprodutivo, e seus ovos são resistentes a condições secas por até um ano. Recentes estudos mostraram que os ovos podem manter a capacidade de transmitir outras doenças, como chikungunya e zika. A situação exige cuidados contínuos para combater o mosquito e prevenir novos surtos.