O Brasil está avançando com o projeto do túnel Santos-Guarujá, uma obra de R$ 6 bilhões que promete ligar as duas cidades paulistas por uma conexão submarina de 860 metros. Este é o maior projeto da carteira do Novo PAC e seu edital deve ser publicado até o final de fevereiro. A Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos organiza para maio uma viagem de estudos ao túnel do Estreito de Fehmarn, um projeto de maior escala na Europa, que visa conectar a Alemanha e a Dinamarca por meio de um túnel submarino de 18 km.
O túnel do Estreito de Fehmarn, em construção desde 2020, reduzirá significativamente o tempo de travessia do Mar Báltico entre os dois países, de 45 minutos por balsa para apenas 7 minutos de carro ou trem. O projeto, que inclui faixas para automóveis e linhas férreas, tem um custo estimado de 8 bilhões de euros, sendo parcialmente financiado pela União Europeia, que já contribuiu com 1,3 bilhão de euros até 2024. O túnel deve ser concluído até 2029.
A construção do túnel de Fehmarn, que terá uma profundidade de até 30 metros, foi decidida em 2011, e sua operação está planejada para durar pelo menos 120 anos. Uma tarifa de pedágio será cobrada para cobrir os custos do projeto e sua manutenção, mas o valor ainda não foi definido. A principal razão para a escolha de um túnel em vez de uma ponte em ambos os casos, no Brasil e na Europa, é a resistência a condições meteorológicas adversas, como ventos fortes, o que garante maior segurança para o tráfego.