O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Francesco La Camera, destacou nesta quinta-feira (13) o papel estratégico do Brasil na transição energética global, graças à sua matriz elétrica majoritariamente renovável, especialmente em relação à energia hídrica. La Camera ressaltou a importância do país para o alcance das metas globais de eficiência energética e expansão das fontes renováveis, como solar, eólica e hídrica. Em 2024, o Brasil demonstrou sua capacidade de impulsionar o setor com a adição de mais de nove gigawatts de energias renováveis em sua matriz elétrica.
O Brasil tem sido incluído nas discussões sobre as perspectivas de transição energética na América Latina, com a Agência Internacional de Energias Renováveis colaborando na elaboração de um relatório sobre o tema, a ser publicado ainda este ano. Durante uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o diretor-geral da Irena também comentou sobre o fórum de investimento planejado para o primeiro trimestre de 2025, como sequência da COP30. O Brasil tem trabalhado para atrair recursos internacionais para o setor energético, além de liderar iniciativas estratégicas que visam fortalecer a cooperação global para a transição energética.
A cooperação entre o Brasil e a Irena se intensificou desde que o país retomou oficialmente sua adesão à agência em janeiro de 2025. Em eventos internacionais, como a 15ª Assembleia Geral da Irena, o Brasil destacou suas políticas públicas voltadas para o crescimento das energias renováveis, como o programa Luz para Todos e Energias da Amazônia. A COP30, que ocorrerá em Belém em novembro, será um marco importante para o país, com ênfase no desenvolvimento do potencial brasileiro de geração de energia a partir de biomassa, que será um dos focos da conferência.