O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), Jorge Viana, sugeriu que o Brasil deve evitar ser afetado pelas políticas tarifárias do governo dos Estados Unidos, especialmente durante o mandato de Donald Trump. Após o Fórum Brasil-Portugal, realizado em São Paulo, Viana destacou que o Brasil deve agir de forma pragmática em relação às medidas do governo norte-americano e não se envolver em uma possível guerra comercial, que poderia resultar em consequências negativas para o país.
Viana também comentou sobre a política de tarifas aplicada aos produtos de aço e alumínio, apontando que tais medidas são incompatíveis com os interesses de Trump, que visa fortalecer indústrias como a automobilística, que dependem desses insumos. Ele sugeriu que, embora os Estados Unidos possam tentar retomar a produção siderúrgica, precisarão continuar comprando desses produtos, e o Brasil poderia se posicionar como fornecedor, possivelmente com cotas para equilibrar o mercado.
Apesar de reconhecer a forte relação comercial do Brasil com a China, especialmente em produtos como soja, minério de ferro e petróleo, Viana ressaltou que a relação com os Estados Unidos é de maior qualidade, devido à exportação de bens com maior valor agregado. Mesmo assim, ele defendeu a diversificação das exportações brasileiras e a busca por novos mercados para reduzir a dependência de um único país.