O Brasil possui a terceira maior reserva mundial de terras raras, com mais de 20 milhões de toneladas, e Minas Gerais é um dos principais polos de extração no país. A crescente demanda por esses elementos é impulsionada pelo avanço das tecnologias e pela transição para fontes de energia renováveis. O país visa ampliar sua produção, reduzir a dependência externa e consolidar sua posição no mercado global, com o potencial de atender de 10% a 15% do mercado mundial nos próximos anos.
A extração de terras raras no Brasil segue um rigoroso processo de licenciamento ambiental, com várias etapas que garantem a sustentabilidade das atividades. Após a aprovação do Licenciamento Prévio (LP), que avalia a viabilidade ambiental, o projeto passa pela Licença de Instalação (LI), onde são detalhados os planos de controle e monitoramento ambiental. Durante a operação, a empresa responsável deve cumprir todas as exigências para mitigar impactos e promover a recuperação das áreas mineradas, com fiscalizações contínuas.
O projeto de mineração em Caldas (MG), conhecido como Projeto Caldeira, é um exemplo de como as empresas devem adotar práticas ambientais responsáveis. A Meteoric, empresa responsável pelo projeto, estabelece um canal de comunicação com a comunidade local para esclarecer dúvidas e receber sugestões. A implementação do projeto ocorrerá entre 2026 e 2027, seguindo normas rigorosas para garantir a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações afetadas.
