O Brasil ocupa a posição de segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, com vendas que totalizaram aproximadamente US$ 4,677 bilhões em 2024. No entanto, os EUA estão prestes a implementar uma taxa de 25% sobre o produto, o que levou o governo brasileiro a adotar uma postura cautelosa, aguardando a oficialização da medida para se manifestar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que o Brasil optou por não antecipar reações baseadas em anúncios que podem ser modificados e aguarda decisões concretas antes de se posicionar.
O governo brasileiro também está considerando possíveis respostas a essa decisão, incluindo a criação de medidas retaliatórias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em declarações recentes, sugeriu que o Brasil poderia adotar a Lei da Reciprocidade, o que implicaria em taxar produtos dos Estados Unidos caso a tarifa sobre o aço seja implementada. No entanto, a manifestação oficial do governo só ocorrerá após a confirmação das ações por parte dos EUA, mantendo o foco em medidas concretas e não em suposições.
O Brasil tem uma forte relação comercial com os Estados Unidos, sendo este o principal destino do aço brasileiro, representando 49% das exportações em 2023. O impacto de uma nova taxação pode gerar tensões nas relações comerciais, mas o governo brasileiro segue a política de agir com base em decisões confirmadas, enquanto analisa as possíveis repercussões dessa medida no comércio bilateral.