O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil aguarda a definição dos Estados Unidos sobre a possível taxação do aço e do alumínio antes de tomar qualquer atitude. A declaração foi feita após sua visita à fábrica da Bionovis em Valinhos (SP), onde ele ressaltou a disposição do país em manter um diálogo construtivo com os EUA. O Brasil, que é um dos principais fornecedores desses produtos para o mercado norte-americano, já havia enfrentado tarifas similares no passado, mas com a implementação de cotas, o que permitiu uma solução mais equilibrada.
Alckmin destacou que a relação comercial entre os dois países permanece equilibrada, com as exportações brasileiras para os EUA totalizando US$ 40,2 bilhões em 2024, enquanto as importações somaram US$ 40,5 bilhões. O vice-presidente enfatizou que a parceria entre as duas nações é benéfica para ambos e que o melhor caminho para resolver qualquer divergência é o diálogo. Ele evitou antecipar decisões sobre possíveis medidas de retaliação, como a taxação de produtos tecnológicos norte-americanos, e afirmou que o Brasil acredita na colaboração mútua.
Além disso, o governo brasileiro já esperava a medida anunciada por Trump, considerando que os setores de aço e alumínio já haviam sido alvo de políticas protecionistas no primeiro mandato do presidente americano. Embora as tarifas adicionais possam gerar preocupação nas siderúrgicas brasileiras, a avaliação preliminar da área econômica é de que a medida não foi completamente negativa, pois afeta todos os fornecedores, não sendo específica para o Brasil. A expectativa é que, com a implementação de cotas, o impacto seja minimizado.