O Brasil tem se destacado no cenário global da mineração de terras raras, impulsionado pela crescente demanda por essas substâncias, essenciais para tecnologias verdes e de transição energética. O país tem adotado uma legislação rigorosa que visa mitigar os impactos ambientais e sociais dessa atividade, exigindo das empresas a implementação de práticas sustentáveis e a recuperação das áreas mineradas. Um exemplo disso é o Projeto Caldeira, da Meteoric, que busca produzir concentrados de terras raras em Minas Gerais com métodos que minimizam os impactos ecológicos e promovem a sustentabilidade, como o uso de energia renovável e a reutilização de 75% da água no processo.
O processo de extração adotado no Projeto Caldeira não utiliza explosivos e opta por uma extração mais suave, com a remoção da argila iônica por escavadeiras. O material retirado é lavado e separado de forma que não há geração de barragens de rejeitos ou estéreis expostos. Além disso, a empresa assegura que a atividade não deixa resíduos de radioatividade, o que é confirmado por análises feitas e validadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A abordagem de recuperação contínua das áreas escavadas e a aplicação de energia elétrica de fontes 100% renováveis são outras medidas que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
O Brasil, com suas regulamentações ambientais, exige que as mineradoras apresentem detalhados estudos de impacto ambiental antes de iniciar suas operações. Além disso, a fiscalização e o monitoramento das atividades são constantes, garantindo o cumprimento das normas de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. A legislação também promove a compensação ambiental e incentiva práticas de responsabilidade social, como a criação de empregos e o apoio a projetos comunitários. No caso do Projeto Caldeira, a Meteoric mantém um canal de comunicação direto com a comunidade local para esclarecimentos e sugestões, fortalecendo a transparência e o engajamento social.