O presidente interino e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que o Brasil adotará uma postura cautelosa diante dos planos dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio. Alckmin enfatizou a importância do diálogo e da parceria com os EUA, destacando que a postura do país será de colaboração para o benefício das populações. Ele também lembrou que uma situação semelhante ocorreu em 2018, quando o Brasil negociou cotas para exportação de aço ao mercado norte-americano, em acordo com o então presidente Donald Trump.
O tom de cautela também foi reforçado por outros ministros, como o da Fazenda, Fernando Haddad, que descartou a possibilidade de retaliações por parte do governo brasileiro, como a taxação de grandes empresas de tecnologia dos EUA. Haddad ressaltou que o Brasil se manifestará de maneira prudente e com base em decisões concretas, evitando se pronunciar antes de um cenário claro para evitar interpretações equivocadas.
Os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, especialmente no setor de ferro, aço e alumínio. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 6,37 bilhões desses produtos para os EUA, com o ferro e o aço representando a maior parte das exportações. A relação comercial entre os dois países é vista como equilibrada e benéfica para ambos os lados, o que torna a questão das tarifas um tema sensível, porém com espaço para negociações futuras.