O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, nesta terça-feira (18.fev.2025), aderir à carta de cooperação entre países produtores de petróleo. Embora o Brasil não integre oficialmente a Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados), a adesão ao Fórum dos Países Produtores de Petróleo permite ao país participar das discussões sobre políticas energéticas, especialmente no que tange à transição para fontes renováveis. O Brasil se comprometerá a acompanhar as decisões técnicas do cartel e a sugerir alternativas relacionadas à sustentabilidade e biocombustíveis.
A decisão foi tomada durante uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), onde também foi acordada a adesão do país à Agência Internacional de Energia (IEA) e à Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Com a inclusão em três grupos de diferentes perspectivas sobre a transição energética, o Brasil busca se proteger de críticas por sua aproximação com o setor petrolífero, ao mesmo tempo em que fortalece sua posição nos debates globais sobre a mudança climática.
Embora o Brasil tenha um papel secundário nas discussões da Opep+, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a participação visa apresentar novas ideias sobre a descarbonização e acelerar a transição para energias mais limpas. A medida ocorre no mesmo ano em que o Brasil sediará a COP30, aumentando a complexidade das discussões internas sobre o papel do país na agenda climática global.