O brutalista, um dos favoritos ao Oscar 2025, se destaca não apenas por suas dez indicações, mas também pela sua longa duração de 3 horas e 35 minutos, o que o torna o filme mais extenso da principal categoria. Apesar de sua extensão, o diretor Brady Corbet defende a necessidade desse tempo, explicando que a história, que se estende por 35 anos e envolve múltiplos personagens, precisa desse espaço para ser contada de forma completa. Ele ainda questiona o tempo que as pessoas dedicam às suas atividades e se pergunta se não há melhor forma de aproveitá-lo do que no cinema, apreciando uma boa obra com uma xícara de café.
Corbet, que dedicou sete anos para realizar sua visão do filme, enfatiza que, apesar da duração desafiadora para um público com atenção cada vez mais dispersa, o filme vale a pena pela profundidade da história e pela qualidade da produção. A obra é descrita como um estudo sobre a resiliência humana e as complexas relações entre artistas e patrocinadores. Embora tenha enfrentado dificuldades financeiras e de produção, a insistência de Corbet em manter a integridade do projeto se reflete em sua execução final, que, mesmo com um orçamento modesto, conseguiu grandes realizações artísticas.
O brutalista apresenta a trajetória de um arquiteto húngaro, interpretado por Adrien Brody, que enfrenta diversos obstáculos ao longo de sua vida, desde a sobrevivência ao Holocausto até suas relações abusivas e a busca pelo sonho americano. O filme explora temas como o desequilíbrio de poder entre criadores e financiadores, um paralelo que Corbet vê refletido também nos bastidores da indústria cinematográfica. Apesar das dificuldades enfrentadas durante a produção, o filme recebeu reconhecimento e segue forte nas disputas por prêmios, especialmente nas categorias de ator, trilha sonora e fotografia.