O filme “O brutalista”, que estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas brasileiros, é um estudo sobre a resiliência humana e a dinâmica entre artistas e patrocinadores, com uma narrativa que se estende por 35 anos. Com 3 horas e 35 minutos de duração, é a produção com a maior extensão entre as indicadas ao Oscar 2025, o que gerou discussões sobre sua longa duração. Apesar disso, o diretor Brady Corbet defende que o tempo do filme é necessário para contar sua história complexa, sem se preocupar com a duração, comparando a crítica à extensão de um filme com a de uma pintura de grandes dimensões.
Corbet, que levou sete anos para realizar o projeto, trabalhou com um orçamento modesto de US$ 10 milhões e trouxe uma reflexão sobre o valor do tempo em uma era dominada pela televisão. O filme, estrelado por Adrien Brody, acompanha a trajetória de um arquiteto húngaro que, após sobreviver ao Holocausto, enfrenta desafios em sua carreira e vida pessoal, incluindo relações abusivas e sua conexão com um mecenas. A trama foi filmada na Hungria após vários adiamentos devido à pandemia, refletindo também as dificuldades de sua produção.
Embora “O brutalista” tenha começado com uma campanha difícil, o esforço de Corbet resultou em reconhecimento, com o filme conquistando prêmios como o Globo de Ouro nas categorias de melhor drama, direção e ator. A obra continua a ser uma das principais concorrentes ao Oscar, com destaque para a atuação de Brody e a fotografia. Corbet destaca que, além da história, o filme também aborda a relação de poder entre o artista e seu financiador, uma dinâmica complexa que se reflete na própria luta do diretor pela realização do projeto.