O enxadrista Boris Spassky faleceu nesta quinta-feira aos 88 anos, deixando um legado significativo no mundo do xadrez. Natural de São Petersburgo, na antiga União Soviética, Spassky se destacou desde jovem, conquistando o título de grande mestre aos 18 anos. Em 1969, ele se tornou campeão mundial ao derrotar Tigran Petrosyan, um marco em sua carreira. Considerado um dos maiores talentos de sua geração, Spassky também foi um importante mentor para muitas gerações de jogadores, com um estilo de jogo admirado até hoje.
Além de seu título mundial, Spassky participou de eventos históricos, como o famoso “Jogo do Século” de 1972, no qual competiu contra Bobby Fischer, um dos maiores nomes do xadrez mundial. Sua carreira internacional incluiu também a representação da União Soviética em sete edições das Olimpíadas de Xadrez. Após um longo período de sucesso no xadrez, Spassky mudou-se para a França em 1976, onde obteve cidadania e continuou sua trajetória no esporte, representando o país em competições internacionais.
Nos últimos anos, Spassky voltou para a Rússia, onde continuou a contribuir com o desenvolvimento do xadrez, criando escolas e clubes dedicados ao jogo. Sua morte foi lamentada pela Federação Internacional de Xadrez (FIDE), que o descreveu como um dos mais talentosos jogadores da história do xadrez. A Federação Russa de Xadrez, representada por Andrey Filatov, também expressou suas condolências, destacando a importância do legado de Spassky para o país e para o mundo do xadrez.