Bong Joon Ho, o renomado diretor sul-coreano vencedor do Oscar por “Parasita”, está prestes a lançar seu mais recente trabalho, “Mickey 17”. O filme, uma sátira de ficção científica estrelada por Robert Pattinson, promete explorar novas fronteiras criativas. Durante a produção, o diretor enfrentou diversos desafios, incluindo o impacto da greve da Screen Actors Guild, que atrasou o lançamento previsto para 2023. Bong se mostra tranquilo com o adiamento, explicando que seus filmes, com uma mistura de gêneros, tornam a distribuição e o marketing uma tarefa complexa.
Em uma entrevista descontraída, realizada em um ambiente simples e modesto, Bong reflete sobre sua trajetória e os novos rumos de sua carreira. Ele menciona como se inspira em cineastas como Ken Loach e Mike Leigh, cujas obras influenciam sua visão crítica sobre a sociedade. Apesar do sucesso de “Parasita”, o diretor revela que a transição para novos projetos pode ser desafiadora, especialmente à medida que envelhece e encara as exigências de um mercado cinematográfico em constante mudança.
Por fim, Bong discute a difícil tarefa de ser um cineasta “de meia-idade” em um ambiente cada vez mais voltado para as grandes produções e fórmulas comerciais. Ele enfatiza que, embora seus filmes nem sempre sigam as expectativas do público, ele continua a se engajar em histórias que exploram complexidades humanas, mantendo sua abordagem única e pessoal. “Mickey 17” é uma continuação dessa busca por temas profundos, enquanto ainda oferece uma crítica social embutida em um enredo de ficção científica.