A Bombril, em conjunto com outras empresas de seu grupo econômico, solicitou recuperação judicial na 1ª Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária de São Paulo nesta segunda-feira, 10. A decisão foi tomada pelo conselho de administração da companhia, com o objetivo de organizar a negociação com credores e adequar sua estrutura de endividamento. A empresa busca garantir sua continuidade operacional e reestruturar seu passivo de forma eficiente, minimizando impactos sobre os direitos dos credores e suas operações.
Esse pedido de recuperação judicial ocorre cerca de dois anos após a empresa ter descartado essa opção e adotado uma estratégia alternativa envolvendo a venda de direitos creditórios no valor de R$ 300 milhões. A Bombril acredita que a medida facilitará o alcance de uma estrutura de endividamento mais saudável, permitindo um novo ciclo de crescimento e atração de novos investimentos. A companhia destaca que, nos últimos trimestres, obteve resultados positivos, o que demonstra os esforços para recuperar sua lucratividade.
Além disso, a Bombril enfrenta desafios relacionados a passivos jurídicos, como autuações tributárias da Receita Federal, envolvendo aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Esses processos judiciais, que remontam ao período de 1998 a 2001, são monitorados de perto pela administração da empresa. Recentemente, foi reavaliado o risco de perdas jurídicas, e, como medida preventiva, a companhia optou pelo reconhecimento contábil dos valores discutidos, buscando proteger suas finanças e garantir a continuidade das suas atividades.