A Bombril, fabricante de esponjas de aço, anunciou na segunda-feira (10.fev.2025) que entrou com um pedido de recuperação judicial devido a dívidas que somam R$ 2,3 bilhões. As pendências estão relacionadas a autuações fiscais da Receita Federal por falta de recolhimento de tributos entre 1998 e 2001, período em que a empresa estava sob gestão do grupo italiano Cragnotti & Partners. A Bombril informou que esses tributos envolvem transações com títulos de dívidas estrangeiras.
A empresa ressaltou que a situação financeira delicada poderia resultar na perda de processos judiciais, o que afetaria negativamente seus resultados e ameaçaria suas relações comerciais. Para evitar maiores impactos, a Bombril optou por reconhecer as dívidas e iniciar o processo de recuperação judicial, visando negociar o endividamento e ajustar a estrutura financeira da companhia.
Com a recuperação judicial, a Bombril busca garantir a continuidade das operações, proteger seu caixa e reestruturar seu passivo de forma eficiente. A companhia afirmou que, apesar do processo, trabalhará para equilibrar o endividamento não sujeito à recuperação judicial, incluindo o passivo fiscal. O objetivo é estabelecer uma estrutura financeira mais saudável, permitindo novos investimentos e o retorno ao crescimento da empresa.