A Bombril S.A. entrou com um pedido de recuperação judicial, que foi aceito pela Justiça na quarta-feira (12.fev.2025), para enfrentar um endividamento total de R$ 2,3 bilhões. A decisão judicial concedeu um prazo de 60 dias para que a empresa e suas controladoras apresentem um plano de recuperação. Durante esse período, a empresa poderá reestruturar suas finanças, com a suspensão de ações e execuções contra o grupo, além da proibição de medidas como penhoras ou arrestos de bens relacionados à recuperação judicial.
O pedido de recuperação judicial ocorre após a empresa acumular dívidas referentes a autuações da Receita Federal, que envolvem tributos não recolhidos entre 1998 e 2001, quando a companhia estava sob a administração do grupo italiano Cragnotti & Partners. A Bombril esclareceu que as dívidas estão relacionadas a operações de aquisição de títulos de dívida estrangeira. Em resposta a essa situação, a empresa informou que está tomando medidas para evitar riscos maiores e garantir a continuidade de suas operações.
A Bombril contratou a Laspro Consultores Ltda. para atuar como administradora judicial e auxiliá-la na recuperação financeira. A empresa afirmou que seu objetivo é negociar a estrutura de endividamento e regularizar suas operações, protegendo o caixa e os interesses de credores, fornecedores e demais envolvidos. A Bombril ainda declarou que o processo ajudará a criar uma estrutura de endividamento mais saudável, possibilitando futuros investimentos e a continuidade do seu ciclo de crescimento.