A recente eleição para a presidência da Câmara expôs tensões dentro do campo bolsonarista, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro trocando acusações nas redes sociais. A disputa interna começou após a revelação de que deputados do PL, partido de Bolsonaro, desobedeceram a orientação da legenda e votaram em Marcel van Hattem, do Novo, o que foi interpretado como uma traição. Isso gerou embates públicos entre figuras proeminentes, como Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles, Mario Frias e o próprio van Hattem, que discutiram abertamente sobre o ocorrido.
O conflito se intensificou com postagens de figuras políticas que criticaram as ações uns dos outros, com Salles elogiando o voto de apoio ao candidato do Novo e Frias acusando a estratégia de ser um “teatro” para desgastar Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro também entrou na disputa, criticando a atuação de Marcel van Hattem, e ressaltando a falta de moral de quem se opõe à liderança de seu pai. As divergências tornaram-se públicas, evidenciando uma divisão crescente entre os aliados do ex-presidente.
Além disso, o episódio não é isolado, pois outros conflitos internos no bolsonarismo já haviam ocorrido, como em episódios ligados às eleições municipais de 2020, e até em ações durante a pandemia. A divisão de grupos e interesses dentro do PL e de outros aliados de Bolsonaro já vinha se intensificando, o que culminou no atual racha. Esse processo de fragmentação parece seguir um caminho de aprofundamento, com as tensões ganhando força à medida que se aproximam as eleições de 2026.