As bolsas europeias fecharam sem uma direção clara nesta quarta-feira, 12, influenciadas por balanços corporativos e pela surpresa com a inflação nos Estados Unidos, que superou as expectativas e reacendeu especulações sobre uma postura cautelosa do Federal Reserve na política monetária. Durante audiência no Congresso americano, Jerome Powell, presidente do Fed, reiterou que a instituição não tem pressa para ajustes na taxa de juros e evitou comentar sobre os impactos da política comercial de Donald Trump.
No cenário internacional, autoridades europeias também reagiram à alta dos preços. O dirigente do Banco Central Europeu, Robert Holzmann, destacou que as tarifas impostas pelos EUA aumentaram os riscos inflacionários na zona do euro. Em contraponto, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, enfatizaram a importância das parcerias internacionais em meio às incertezas globais.
O fechamento das principais bolsas europeias foi misto: o índice FTSE 100 de Londres registrou uma leve alta de 0,34%, enquanto o DAX de Frankfurt avançou 0,48%, ambos alcançando novos recordes históricos. Já o índice Ibex35 de Madri subiu 1,04%, enquanto o PSI 20 de Lisboa caiu 0,53%. No setor corporativo, a Heineken surpreendeu com uma valorização de 14,24%, impulsionada pelo desempenho positivo de vendas no último trimestre e pela recompra de ações. Por outro lado, o grupo varejista Casino enfrentou uma queda de 3,9% após anunciar a aquisição da Cnova.