O Bank of America (BofA) manteve sua recomendação de exposição acima da média (overweight) para o Brasil, destacando o país como uma das poucas opções atraentes na América Latina devido à falta de alternativas. Apesar de reconhecer o impacto das altas taxas de juros, como a Selic, sobre os lucros das empresas, o banco acredita em uma possível desaceleração da economia que pode ajudar a controlar as expectativas de inflação. Em sua carteira, o BofA incluiu a Equatorial (EQTL3), com foco em desalavancagem e crescimento do Ebitda. Setorialmente, o banco prefere empresas defensivas, como bancos, seguradoras e construtoras de baixa renda.
Para o México, o BofA mantém uma posição “marketweight”, com exposição moderada, observando que o país tem valuations atrativos, apesar da incerteza política e da desaceleração econômica. O banco acredita que o México pode se beneficiar da cooperação com os EUA, especialmente em questões de segurança e combate ao crime organizado. No entanto, ele ainda vê desafios, como a possível renegociação do Acordo EUA-México-Canadá e reformas constitucionais que podem impactar o sentimento do mercado.
Em relação à Argentina, o BofA destaca o país como o de maior potencial catalisador na região, com fatores como desinflação, um possível acordo com o FMI e desregulamentação de riscos. Apesar de uma queda no desempenho recente, o banco vê a Argentina como um mercado estratégico, com exposições em bancos e energia. O BofA também observa que, embora a Argentina tenha dificuldades para ser atualizada para o status de mercado emergente, as reformas e o ambiente político podem criar uma base mais sólida para o crescimento.