Uma pesquisa conduzida por cientistas brasileiros revela que o uso de biofertilizantes derivados da macroalga Kappaphycus alvarezii pode impulsionar tanto a produtividade quanto a qualidade de cultivos agrícolas. O estudo focou no impacto do extrato aquoso da alga em plantações de hortelã-pimenta, comprovando melhorias significativas em parâmetros como altura das plantas, número de nós e peso seco da parte aérea. Os resultados indicam que o biofertilizante pode ser uma alternativa sustentável para aumentar a eficiência das lavouras, principalmente em sistemas como estufas e hidropônicos.
A Kappaphycus alvarezii, originária das Filipinas e cultivada em várias partes do mundo, foi introduzida no Brasil em 1995 e tem se mostrado promissora em diferentes aplicações agrícolas. A pesquisa mostrou que o biofertilizante derivado dessa alga não só melhora a produtividade, mas também pode reduzir a dependência de produtos químicos sintéticos, uma vez que seus efeitos positivos foram observados também em outras culturas, como o manjericão. O estudo, apoiado pela FAPESP, reforça a viabilidade do uso dessa alga no Brasil, considerando as diferenças na composição local em comparação a outros países produtores.
Além de impulsionar o crescimento das plantas, o uso do extrato de Kappaphycus alvarezii também foi associado a um aumento na qualidade dos cultivos, o que o torna uma solução promissora para a agricultura sustentável. A pesquisa destaca a importância de continuar explorando o potencial dessa alga, especialmente no contexto de alternativas ecológicas para o uso de fertilizantes convencionais. O trabalho abre portas para práticas mais verdes e eficientes, que podem beneficiar tanto os agricultores quanto o meio ambiente.