A relação entre Lewis Hamilton e Bernie Ecclestone, marcada por amizade e desentendimentos, ganhou mais um capítulo controverso com declarações recentes do ex-chefe da Fórmula 1. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Ecclestone previu que Hamilton não permanecerá por duas temporadas na Ferrari, equipe que contratou o piloto com um contrato de dois anos e um salário anual de 50 milhões de libras. Apesar da expectativa em torno da contratação, o dirigente acredita que o histórico de hierarquia na Ferrari, que favorece Charles Leclerc, dificultará a adaptação de Hamilton à equipe.
Ecclestone também questiona a motivação de Hamilton, que já possui sete títulos mundiais, afirmando que o piloto pode estar cansado de competir após tantos anos no topo. A opinião de Ecclestone sugere que, caso Hamilton nunca tivesse conquistado campeonatos, ele poderia ter mais impulso para vencer, mas a conquista de sete títulos poderia ter diminuído seu interesse pela competição. O ex-dirigente observa, ainda, que o envolvimento de Hamilton em questões fora das pistas, como sua imagem pública e estilo de vida, tem gerado críticas, refletindo uma visão mais conservadora sobre o comportamento do piloto.
Além das questões esportivas, o relacionamento entre Hamilton e Ecclestone foi marcado por tensões pessoais. O ex-chefão da Fórmula 1, que havia apoiado Hamilton na mudança de McLaren para Mercedes em 2012, tornou-se um crítico do piloto, especialmente após declarações polêmicas sobre questões raciais. A distância entre ambos se ampliou após Hamilton acusar Ecclestone de ignorância e mal-educação em 2020, refletindo a crescente fricção entre os dois ao longo dos anos.