A Berkshire Hathaway, em sua carta anual aos acionistas divulgada neste sábado (22), anunciou que alcançou um recorde de US$ 334 bilhões em reservas de caixa, um aumento de US$ 9 bilhões no último trimestre do ano passado. A empresa também se desfez de grandes participações em ações de bancos, como o Citigroup e o Bank of America, enquanto manteve sua preferência por ações, com a maior parte dos recursos ainda alocada nesses ativos. Apesar de ter elevado suas reservas de caixa, Buffett reiterou que a estratégia da companhia continua centrada em investimentos de longo prazo, principalmente no mercado de ações.
No relatório, a Berkshire Hathaway registrou um aumento de 27% no lucro operacional anual, alcançando US$ 47,44 bilhões, impulsionado pela valorização dos títulos do Tesouro de curto prazo. A empresa vendeu US$ 143 bilhões em ações, enquanto investiu US$ 9 bilhões no mesmo tipo de ativos. Buffett destacou que, apesar de um número significativo de empresas enfrentarem queda nos lucros, os investimentos em títulos e outros ativos garantiram um bom desempenho financeiro no período.
Por fim, Buffett fez um alerta sobre a situação fiscal dos Estados Unidos, pedindo ao governo que mantenha a estabilidade da moeda e evite práticas fiscais irresponsáveis. Além disso, ele indicou que a Berkshire pode aumentar suas participações nas empresas japonesas nas quais já investe, como Itochu e Mitsubishi, além de comentar que, embora as oportunidades de compra tenham diminuído, a empresa segue otimista com o futuro do mercado.