Belém, a capital do Pará, tem enfrentado um aumento no número de quedas de árvores centenárias, especialmente mangueiras, desde o início de 2025. Esses eventos têm causado impactos no trânsito e nos serviços públicos, como o fornecimento de energia, além de prejudicar a paisagem urbana. As mangueiras, que são parte do patrimônio histórico e cultural da cidade, são responsáveis por proporcionar sombra e melhorar a qualidade do ar, mas exigem manutenção constante devido à fragilidade gerada pela falta de cuidados e pela intensificação das mudanças climáticas.
Especialistas destacam que o aumento das chuvas intensas e períodos de seca, além dos fenômenos climáticos como El Niño e La Niña, têm contribuído para a instabilidade das árvores na cidade. A falta de podas adequadas, as agressões físicas e as condições inadequadas dos canteiros das raízes são fatores que agravam essa situação, tornando as árvores ainda mais vulneráveis. Além disso, o desequilíbrio das árvores pode resultar em quedas que representam riscos para a segurança da população.
A Prefeitura de Belém, em resposta a essa crise, iniciou um mapeamento técnico e identificou várias árvores com risco iminente de queda. Desde o início de 2025, foram retomadas ações de poda e supressão, com foco nas áreas mais afetadas. O botânico Edilson Freitas enfatiza a importância de campanhas educativas e do engajamento da população para garantir a preservação das árvores urbanas, essencial para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental da cidade.