O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, destacou, durante a cerimônia de abertura do ano no Judiciário, a importância da independência do poder Judiciário. Barroso ressaltou que o STF é imune às paixões políticas e deve atuar com imparcialidade, baseando suas decisões na interpretação da Constituição e das leis, sem se deixar influenciar por pressões momentâneas. Ele enfatizou que o Judiciário é responsável por resolver questões complexas e muitas vezes divisivas, o que pode resultar em descontentamento de diversos setores da sociedade.
O ministro também ressaltou a união entre os Três Poderes, que, segundo ele, são guiados pelos princípios e propósitos previstos na Constituição. Barroso reforçou a ideia de harmonia e independência entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, destacando que os interesses da nação devem prevalecer sobre interesses individuais ou políticos. Nesse contexto, o Judiciário é apresentado como um poder que, mesmo sendo independente, contribui para o bem comum do país.
Barroso ainda fez uma reflexão sobre a legitimidade dos agentes públicos não eleitos, como os membros do Judiciário, que exercem funções essenciais para a democracia. Ele apontou que, ao contrário dos agentes eleitos pelo voto popular, o Judiciário atua com imparcialidade e não se deixa influenciar pelas paixões políticas, preservando, assim, o funcionamento da democracia e o equilíbrio entre os Poderes.