O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a tentativa de manipular a narrativa sobre os eventos de 8 de janeiro, que envolveram a tentativa de golpe no Brasil, não prevalecerá. Durante uma sessão de julgamento, Barroso reiterou que o STF continuará a cumprir seu papel de guardião da Constituição e da democracia, sem ceder a pressões de falsificações da verdade. Ele defendeu que a postura do tribunal é imune a ameaças e que a justiça será feita independentemente de influências externas.
O posicionamento de Barroso veio após críticas ao ministro Alexandre de Moraes, que teve suas decisões questionadas, principalmente por autoridades dos Estados Unidos. O Departamento de Estado norte-americano expressou preocupação com as medidas tomadas por Moraes, que ordenaram a remoção de conteúdo ilegal em plataformas digitais e o bloqueio de uma rede social. O governo dos EUA enfatizou que ações restritivas ao acesso à informação são incompatíveis com a liberdade de expressão, embora as determinações do ministro não tenham envolvido qualquer intimação ao governo norte-americano.
Em sua defesa, Moraes destacou a importância da soberania nacional e reafirmou que o Brasil deixou de ser uma colônia desde o século XIX. Ele também citou a construção de uma república independente e democrática, refutando qualquer intervenção externa nas decisões do STF. A postura do ministro foi respaldada por Barroso, que reafirmou a firmeza do STF diante das adversidades e a continuidade do trabalho de proteção da democracia brasileira.