Barristers do escritório Doughty Street Chambers, em Londres, denunciaram uma série de ataques coordenados contra eles, atribuídos ao governo chinês e seus apoiadores. Segundo os advogados, a campanha de intimidação começou há três anos, quando começaram a atuar no caso de um ativista pró-democracia de Hong Kong, resultando em uma série de ameaças e ataques. Entre as táticas usadas estão a vigilância constante, invasão de contas bancárias e até ameaças graves, incluindo de violência sexual.
Esses profissionais do direito afirmam que as ameaças têm o intuito de prejudicar seu trabalho e desestabilizar suas atividades legais, relacionadas ao apoio de indivíduos perseguidos pelo governo chinês. Além das ameaças pessoais, os barristers alegam ter sido vítimas de tentativas de invasão de dados confidenciais e vigilância digital, situações que comprometem tanto sua segurança quanto a de seus clientes.
O caso levanta preocupações sobre as táticas de intimidação usadas por estados estrangeiros e os impactos da censura e repressão internacional nas liberdades civis e no trabalho de advogados. A denúncia dos barristers destaca os desafios crescentes enfrentados por profissionais do direito que lidam com casos sensíveis, especialmente aqueles ligados a questões de direitos humanos e liberdade política.