A cidade de Barcelona anunciou que, a partir de novembro de 2028, os imóveis cadastrados no Airbnb não poderão mais ser alugados por curto prazo. A medida tem como objetivo reduzir os elevados preços dos imóveis no mercado local, forçando os proprietários de aproximadamente 10 mil unidades a retornarem ao aluguel de longo prazo. Com isso, espera-se aumentar a oferta de imóveis no mercado e reduzir a pressão sobre os preços, que têm se mostrado elevados nos últimos anos.
Barcelona não é a única cidade afetada pelo impacto do Airbnb no mercado imobiliário. Cidades como Berlim e Nova York também implementaram restrições para limitar os aluguéis de curto prazo, visando controlar os preços das moradias. Em Berlim, após uma proibição inicial em 2014, o sistema foi parcialmente reintroduzido com restrições, permitindo aluguéis temporários apenas em certas condições. Em Nova York, o fenômeno do Airbnb também foi limitado devido à alta nos preços de aluguéis, refletindo um problema comum em várias cidades que enfrentam uma pressão similar sobre seus mercados imobiliários.
No entanto, o Airbnb continua a ser uma plataforma popular mundialmente, com mais de 5 milhões de anfitriões e presença em mais de 100 mil cidades. Em 2023, as 10 cidades mais procuradas para aluguéis temporários representaram 7% das estadias globais, uma queda em relação ao ano de 2019. Curiosamente, cidades menores, como Barretos, no interior de São Paulo, também aparecem entre as mais procuradas, destacando um fenômeno crescente de turismo e locações em locais fora dos grandes centros urbanos.