O Banco do Brasil (BBAS3) está projetando um lucro líquido de R$ 9,55 bilhões para o quarto trimestre de 2024, um valor estável em comparação com o ano anterior e com o trimestre anterior. A expectativa é de crescimento moderado na carteira de crédito, que deve ficar próxima do limite superior da faixa de guidance, impulsionando a aceleração da margem financeira (NII) em relação ao terceiro trimestre. Apesar disso, a inadimplência, especialmente no setor do agronegócio, pode continuar em alta, o que levará a provisões ligeiramente abaixo dos R$ 10 bilhões.
A XP Investimentos e a Genial Investimentos têm visões parecidas quanto ao desempenho do banco. A XP projeta lucro estável, mas espera uma leve pressão nas provisões, o que pode limitar o crescimento do retorno sobre o patrimônio (ROAE). A Genial, por sua vez, prevê um lucro de R$ 9,41 bilhões, uma retração de 1,2% em relação ao trimestre anterior, com ênfase no aumento da inadimplência no crédito agrícola, que representa um terço da carteira de crédito do banco. A expansão da carteira de crédito e a alta da Selic devem, no entanto, beneficiar as receitas financeiras de operações de crédito.
Para 2025, as projeções apontam para a manutenção de um lucro estável ou levemente superior ao de 2024, com a distribuição de dividendos estimada em R$ 17 bilhões, mantendo um dividend yield de dois dígitos para os acionistas. A expectativa é que as novas regras contábeis não impactem de forma significativa o capital do banco, já que a transição para o novo modelo de provisionamento será diluída ao longo de quatro anos, aliviando pressões financeiras que inicialmente eram previstas para 2025.