O Banco do Brasil (BB) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 37,9 bilhões em 2024, alcançando um crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado pela expansão da margem financeira bruta, que cresceu 11,2%, e pelas receitas de serviços, que aumentaram 4,9%. No quarto trimestre de 2024, o lucro foi de R$ 9,6 bilhões, um incremento de 1,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Além disso, o banco conseguiu conter as despesas administrativas, que aumentaram 4,4%, abaixo da inflação do período.
A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 15,3% no ano passado, alcançando R$ 1,3 trilhão. O crédito a pessoas físicas teve destaque, com um aumento de 7,3%, impulsionado pela alta de 9,8% no crédito consignado. As operações com pessoas jurídicas e o agronegócio também apresentaram crescimento significativo. O crédito sustentável, que inclui empréstimos com impacto social e ambiental positivo, atingiu R$ 386,7 bilhões, representando 30% do total da carteira.
Apesar dos bons resultados, o banco enfrentou um aumento na inadimplência, que subiu para 3,32% em dezembro de 2024, refletindo principalmente dificuldades no setor do agronegócio devido a desastres climáticos. Como resultado, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa aumentaram 16,9%. O BB projetou para 2025 um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, com uma expansão estimada entre 5,5% e 9,5% na carteira de crédito e receitas com serviços entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões.