O governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, afirmou que não há necessidade de um “compromisso” entre o crescimento econômico e a estabilidade financeira, refutando a ideia de que a flexibilização das regulamentações poderia beneficiar a economia. Sua declaração ocorre em meio à pressão de autoridades para suavizar as regras financeiras implementadas após a crise bancária de 2008. Bailey destacou a importância de manter as restrições criadas para evitar novos colapsos financeiros, lembrando os danos profundos causados pela falência do sistema financeiro global.
Bailey enfatizou que a situação atual exige cautela e que as lições da crise financeira global não devem ser ignoradas. Segundo ele, o endurecimento das regras nos últimos 17 anos teve como objetivo justamente proteger a economia de riscos sistêmicos e garantir uma base mais sólida para o setor financeiro. O governador do banco central reiterou que a estabilidade financeira não deve ser sacrificada em prol de uma busca imediata por crescimento econômico.
A declaração de Bailey reflete uma postura conservadora diante das propostas que visam relaxar as normas regulamentares. A discussão sobre a flexibilização das regras continua a ser um tema central entre os formuladores de políticas e economistas, com visões divergentes sobre a melhor forma de equilibrar o crescimento e a proteção contra crises financeiras futuras.