O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira, 12, que a instituição possui as ferramentas necessárias para implementar uma política monetária restritiva, destacando que a Selic pode ser mantida em níveis elevados, caso necessário. Ele participou de um seminário sobre Política Monetária Brasileira, no Rio de Janeiro, promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG). Durante o evento, Galípolo reforçou a postura do Comitê de Política Monetária (Copom), sinalizando que a Selic pode subir novamente em março, com um possível aumento de 1 ponto percentual.
Embora não tenha se referido diretamente ao cenário de maio, o presidente do BC enfatizou que a autoridade monetária está pronta para utilizar suas ferramentas e seguir com a política de juros restritiva, conforme for necessário. A declaração ocorre em um contexto de crescimento da pressão para o Banco Central manter o foco no combate à inflação, uma vez que a inflação continua sendo um tema central para a política econômica do país.
Galípolo também comentou brevemente sobre a situação fiscal do Brasil, destacando que o Banco Central deve manter o seu foco nas questões relacionadas à política monetária, sem ultrapassar os limites de sua autoridade. Ele ressaltou que o BC não pode interferir em questões fiscais e que sua atuação precisa respeitar os parâmetros estabelecidos para a política monetária, evitando qualquer tipo de sobreposição com outras esferas do governo.