O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que, apesar das incertezas sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump, o Brasil pode sofrer menos impactos devido à sua menor conexão econômica com os EUA. Durante seminário no Rio de Janeiro, ele comentou que a mudança de cenário econômico após a vitória de Trump alterou a forma como o Banco Central tem monitorado os riscos externos, incluindo o impacto das tarifas.
Galípolo ainda mencionou que, em sua última decisão de política monetária, o Banco Central identificou o aumento das tarifas como um dos riscos que poderiam diminuir a inflação, principalmente em países emergentes, devido a possíveis choques no comércio internacional e nas condições financeiras globais. Ele também apontou que as incertezas globais aumentaram, destacando a importância do Brasil defender uma “nova globalização” frente ao movimento de desglobalização crescente.
Além das tarifas, o presidente do Banco Central ressaltou que as autoridades monetárias estão acompanhando com atenção o aumento da dívida pública em diversos países, o que exerce pressão sobre as taxas de juros e afeta diretamente as economias emergentes, como a do Brasil. O cenário internacional ainda apresenta desafios, mas a estratégia do Banco Central busca minimizar os impactos externos para a economia brasileira.