O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a economia brasileira se adaptou a patamares altos de juros e que é necessário buscar novas formas de crédito colateralizado para reduzir o spread bancário. Em sua participação no seminário sobre Política Monetária Brasileira, realizado no Rio de Janeiro, ele destacou a importância de o BC ter as ferramentas adequadas para acompanhar as mudanças do mercado financeiro e promover um ambiente mais eficiente no sistema bancário.
Galípolo também reforçou a necessidade de avançar no aprimoramento do arcabouço institucional e legal do Banco Central, que, segundo ele, são fundamentais para enfrentar os desafios atuais da economia. Entre os maiores desafios enfrentados pelos bancos centrais, o presidente mencionou a comunicação como uma questão central. Ele explicou que a comunicação precisa ser precisa e cuidadosa, fazendo uma analogia com a forma como as palavras são escolhidas na redação das atas do Comitê de Política Monetária (Copom).
A comparação entre a redação das atas do Copom e a criação de poesias foi mencionada por Galípolo em um encontro com o cantor Caetano Veloso, que questionou como as palavras eram selecionadas. Apesar de reconhecer que o prazer de ler essas atas não é comparável ao de ler poesias, o presidente do BC destacou que há uma “arte” por trás da elaboração desses comunicados, enfatizando a complexidade e a precisão exigidas nesse processo.