Guilherme Korte, jornalista que trabalhou como repórter internacional na China, se deparou com a crescente utilização do bambu na indústria chinesa, um material historicamente cultivado no país, mas que começava a ser adotado de forma estrutural. Esse contato com a planta o levou a retornar ao Brasil, onde fundou a Aprobambu, em 2014, uma associação para promover a produção e o uso do bambu no Brasil, principalmente em setores como construção civil, papel e embalagens, e bioenergia.
No Brasil, o bambu tem se destacado por sua versatilidade, especialmente em usinas de biomassa, como a FS Bioenergia, que utiliza a planta como alternativa ao eucalipto, tanto pela sua resistência quanto pela eficiência no processo de geração de energia. Cultivado principalmente em Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná, o bambu tem um ciclo de colheita curto e é resistente a pragas, o que contribui para a redução de custos e uma maior sustentabilidade na produção de etanol e energia.
Com a ampliação do mercado de bambu, o Brasil é apontado como um dos principais produtores e exportadores da planta. A mecanização da colheita e a crescente demanda por alternativas sustentáveis de produção de energia e construção civil indicam que o uso do bambu no país deve aumentar nos próximos anos. O foco inicial é atender o mercado interno, mas com o potencial de exportação para mercados como a China, o futuro da planta no Brasil se mostra promissor, com destaque para seu papel na sustentabilidade e inovação industrial.