O combate ao HIV tem evoluído consideravelmente com o surgimento de diversas estratégias de prevenção, que agora são integradas em um modelo denominado “mandala da prevenção”. Essa abordagem combina métodos clássicos, como o uso de preservativos e o diagnóstico regular, com novas opções biomédicas, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Essas medidas buscam oferecer uma personalização dos cuidados e garantir mais segurança e comodidade para diferentes públicos, permitindo que cada pessoa escolha a forma de prevenção mais adequada à sua realidade.
Entretanto, apesar do progresso, ainda existem desafios no acesso e na compreensão dessas opções. O uso de métodos combinados, que inclui desde o uso regular de medicamentos até a prevenção da transmissão vertical do HIV, é fundamental, mas a complexidade dessa abordagem tem gerado dificuldades em sua implementação. A falta de uniformidade no acesso a essas ferramentas preventivas e a necessidade de campanhas educativas frequentes são obstáculos importantes para garantir que todos os públicos, especialmente os mais vulneráveis, possam entender e utilizar essas estratégias eficazes.
Os próximos anos prometem avanços ainda mais significativos, como a introdução de medicamentos de longa duração, que podem oferecer proteção contra o HIV com apenas duas aplicações anuais ou semestrais. Esses novos tratamentos representam uma esperança no combate à epidemia, trazendo mais praticidade e eficácia. Contudo, especialistas alertam para o risco de que o HIV se torne uma doença negligenciada caso a sociedade e os governos não mantenham o foco no problema, mesmo com as inovações científicas que surgem.